segunda-feira, 22 de junho de 2009

A base da construção da realidade é o solo transcendente da mente consciente!

Por volta dos meus 12 anos, eu tinha um blog. Fazia dele algo parecido com um diário, porém menos cotidiano e mais crítico. E agora relembrando me parece que foi um dos primeiros instrumentos de análise interna das minhas próprias opiniões. Hoje, movida por um desejo de expressão e troca, criei este novo blog, Construindo Realidade, título que reflete um momento meu de profundas mudanças, quebra de paradigmas, dinamismo consciente.

Sinto que a cada instante, em todas as formas de interação (seja com outros seres, ou no íntimo envolvimento com o próprio ser, ou com uma inteligência superiormente infinita), uma imensidão de sinais nos convidam a buscar o verdadeiro sentido da vida. Então por que ficamos parados, congelados em teorias estáticas, regras imorais, paixões mundanas? Por que não arregaçar as mangas e cavocar as profundezas do nosso próprio EU? Por que não ser sincero e transparente a todo momento? Livre de máscaras, capas, armas, proteções? Por que buscar a paz e a felicidade externamente se ela sempre esteve ali, debaixo dos tapetes que nós mesmos colocamos para varrer debaixo deles nossos lixos sentimentais?

Considero possuir um terreno imenso de possibilidades em parte explorado através do auto-conhecimento, noutra ainda intocado ou menos trabalhado. Não encarar os fatos (ceder à conformidade egóica) nos leva a construir a realidade naquele espaço onde ainda não adentramos, onde as bases são fixas, rígidas, sólidas... onde a confusão, a dúvida e o medo são o cimento incolável de grandes palácios ilusórios prestes a desabar a cada instante.

Escolhi construir meu castelo de realidade a partir do espaço psíquico onde a naturalidade e o amor dão sustentação, neste espaço em que reviro e mexo sem medo de me embriagar da minha própria essência. E por consequência de um processo saborosamente harmonioso, a realidade vai sendo construída, passível de ser transcendida e renovada a cada experiência - uma realidade flexível, em constante movimentação. E o outro lado menos criativo vai sendo trabalhado na mesma medida, porém impulsionado por uma nova consciência mais transparente, que busca a unificação de aspectos que eu mesma separei durante toda a vida.

E como é bom sentir todo o movimento acontecer... sentir a integridade do ser, que não se melindra diante das adversidades, mas que faz de cada uma delas um novo degrau da tão deliciosa construção da evolução!

...


Änïmä (Milton Nascimento / José Renato)
Lapidar minha procura toda trama
Lapidar o que o coração com toda inspiração
Achou de nomear gritando... alma
Recriar cada momento belo já vivido...
E mais
Atravessar fronteiras do amanhecer
E ao entardecer olhar com calma...
E então
Alma vai além de tudo que o nosso mundo ousa perceber
Casa cheia de coragem
Vida, tira a mancha que há no meu ser
Te quero ver, te quero ser
Alma

Viajar nessa procura toda de me lapidar
Nesse momento agora de meu recriar
De me gratificar, te busco... alma
Eu sei
Casa aberta onde mora o mestre
O mago da luz, onde se encontra um templo
Que inventa a cor, animará o amor
Onde se esquece a paz
Alma vai além de tudo que o nosso mundo ousa perceber
Casa cheia de coragem
Vida, toda força que há no meu ser
Te quero ver, te quero ser
Alma

Nenhum comentário:

Postar um comentário

...construa também seu castelo!